A governança corporativa é um dos pilares para o sucesso de qualquer negócio, incluindo as startups.
Esse modelo de empresa tem se tornado cada vez mais comum, sendo marcada por uma postura disruptiva e inovadora, que preza pela agilidade e por uma abordagem criativa em relação às demandas do mercado.
No entanto, essas características podem ofuscar a necessidade de uma estruturação sólida para evitar a insegurança jurídica da empresa. Dessa maneira, é preciso ter cautela ao pensar sobre as diretrizes que guiarão a atuação do negócio.
Com o cuidado e conhecimento necessários, é possível chegar a soluções que preservam o caráter inovador desse tipo de empreendimento, sem gerar situações de risco para os seus sócios.
É por isso que, neste conteúdo, exploraremos algumas práticas importantes para implementar uma boa governança corporativa no contexto das startups. Confira!
A governança corporativa em startups
Em primeiro lugar, é importante relembrar o que significa cada um desses conceitos.
A governança corporativa se refere a um conjunto de práticas, processos e normas que regulam o funcionamento de uma empresa. É por meio dessas diretrizes que os empreendimentos passam a atuar de forma mais sólida e consistente.
Já as startups são um tipo de negócio que tem se popularizado nos últimos anos, sendo caracterizadas por um modelo escalável e pelo foco em pilares como o crescimento e a inovação.
Nesse sentido, um dos traços fundamentais desse tipo de organização é a agilidade e a busca por soluções criativas.
Outro elemento bastante comum nesse tipo de empresa é a busca constante por investidores externos, que passam a acompanhar as atividades do negócio.
Esse é um contexto com o qual a governança tem muito a contribuir, podendo estabelecer bases mais sólidas para uma gestão empresarial capaz de alcançar a sustentabilidade e a escalabilidade que as startups procuram.
Afinal, com a estruturação certa do negócio, é possível realizar processos com maior segurança e obter mais assertividade nas tomadas de decisão, que demandam agilidade e precisão.
Além disso, ao definir diretrizes mais precisas para o funcionamento da empresa, é possível evitar desentendimentos entre fundadores e investidores, uma vez que todos estarão cientes de seus papeis nas atividades da startup.
Principais desafios na implementação de governança nas startups
Embora a governança corporativa seja um elemento tão importante para esse tipo de negócio, ainda existem desafios a serem enfrentados para que ela possa ser implementada de maneira efetiva.
De modo geral, os profissionais que atuam nas startups costumam compartilhar uma percepção pouco positiva em relação à estruturação das empresas.
Uma vez que a visão de negócio adotada é marcada por elementos como a criatividade e a inovação, é bastante comum que um conjunto de regras seja compreendido como algo negativo.
No entanto, a percepção de que essas regras engessam a agilidade e a criatividade é equivocada, especialmente porque a governança corporativa pode ter muito a contribuir para o crescimento de negócios que valorizam esses princípios.
Contratos mais robustos e com maior previsibilidade são grandes aliados na atuação de qualquer empresa, especialmente porque promovem mais segurança jurídica para as suas atividades e garantem uma base sólida para que o empreendimento tome suas decisões.
Além disso, há uma série de boas práticas que podem ser implementadas de acordo com os interesses da startup.
Boas práticas para implementar governança corporativa em startups
Uma estruturação sólida e consistente não precisa ser sinônimo de uma condução rígida do negócio. Confira algumas práticas para implementar a governança corporativa no contexto das startups:
Adote um modelo de governança gradual
É muito importante considerar que esse tipo de negócio enfrenta desafios específicos e, portanto, pode percorrer caminhos bastante singulares no seu crescimento no mercado.
Assim, o modelo de governança gradual ou adaptativa é uma excelente opção, pois consiste em uma abordagem que acompanha o desenvolvimento da empresa e ajusta seus mecanismos conforme a sua maturação.
No estágio inicial, por exemplo, pode ser válido centralizar as decisões, mas um estágio avançado de maturação exigirá novas estratégias.
Crie conselhos consultivos ou de administração
Uma prática bastante vantajosa é a formação de conselhos consultivos ou de administração, que são responsáveis por auxiliar na tomada de decisões do negócio.
Essas instâncias são especialmente importantes nas fases de tração e escala, em que é preciso garantir o crescimento e a evolução da empresa, mas também evitar conflitos internos relacionados às decisões tomadas.
No contexto das startups, marcado pela presença de sócios e de investidores, esse pode ser um bom recurso para evitar disputas.
Estabeleça regras claras de entrada e saída de sócios
Por fim, um dos aspectos mais relevantes para uma boa governança corporativa nesse tipo de empresa é a definição de regras claras para a entrada e saída de sócios e investidores.
Trata-se de um recurso fundamental para garantir mais previsibilidade e segurança às atividades da startup, reduzindo as chances de prejuízos futuros.
Além disso, uma atuação mais organizada e segura também pode ser um bom atrativo para novos investidores.
Adotando essas práticas, será possível estruturar o seu negócio e, assim, impulsionar o crescimento e a inovação na sua startup.
Para saber mais sobre assuntos como esse, continue por aqui e descubra quais cuidados devem ser tomados ao elaborar um acordo de sócios!