Desvendando os mitos do planejamento sucessório

O planejamento sucessório é um assunto que merece atenção de todos aqueles que desejam realizar uma transição de sucesso a esse respeito, mesmo diante das complexidades da gestão familiar.

Trata-se de uma maneira inteligente de planejar, organizar, proteger e transferir o patrimônio de uma geração para outra.

Essa é uma ação que exige dedicação, afinal, é um assunto complexo que envolve muitas variáveis e que precisa ser realizado de maneira a atender as expectativas de todos, sem colocar em risco todas as conquistas realizadas até então.

Essa importante ferramenta tem por objetivo garantir o sucesso na correta transmissão do patrimônio, considerando os seguintes quesitos:

  • Reduzir os custos;
  • Evitar disputas judiciais,
  • Assegurar a distribuição dos bens de acordo com a vontade do titular.

A falta dessa iniciativa tende a levar os herdeiros a processos de inventário longos e onerosos, além de evitar conflitos familiares desgastantes.

Neste post, desvendaremos os mitos do planejamento sucessório. Continue a leitura e saiba mais a esse respeito!

A importância do planejamento sucessório

Não há quem não tenha o desejo de possibilitar uma condição favorável aos filhos e demais familiares, depois de tantas lutas e das conquistas que fizeram parte da caminhada.

Lamentavelmente, não são poucas as situações em que familiares se afastam e discussões e desentendimentos que poderiam ser evitados passam a fazer parte do dia a dia dos herdeiros após a morte do patriarca/matriarca.

O planejamento sucessório impede esses problemas. Por meio de análise minuciosa e estudos aprofundados, é possível organizar a sucessão patrimonial, prevenindo conflitos familiares e simplificando a administração dos bens. Além disso, garante que a vontade do proprietário seja respeitada, proporcionando segurança jurídica e financeira aos herdeiros.

5 mitos sobre o planejamento sucessório

Existem 5 mitos sobre o planejamento sucessório que precisam ser conhecidos, evitando que enganos sejam cometidos. Vamos a eles:

Planejamento sucessório é necessário apenas para grandes patrimônios

O primeiro grande mito a respeito do planejamento sucessório é o entendimento de que essa ação só é voltada para casos onde existam grandes patrimônios.

Ao contrário dessa visão, o planejamento sucessório é aconselhável para qualquer pessoa que deseje garantir uma partilha estruturada de seu patrimônio, independentemente de sua dimensão ou valor.

É importante entender que cada projeto é adequado às necessidades e características específicas de cada família, portanto, precisa ser ajustado a cada situação, independente do patrimônio existente.

A doação em vida resolve todos os problemas sucessórios

Outra falsa ideia que muitas pessoas alimentam é que a doação é a solução mágica para a sucessão de bens.

Isso não corresponde com a verdade, pois esse processo pode gerar implicações fiscais e legais, portanto, se a ideia era a de diminuir os impostos, isso poderá não acontecer.

É preciso avaliar cada caso, uma vez que sobre a doação incide o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ICTMD), cuja alíquota é determinada de acordo com o Estado onde será efetuada a transferência.

Ademais, a doação, por ser irrevogável, pode impedir a resolução de problemas sucessórios, gerando conflitos e desavenças entre herdeiros que se sintam lesados.

O planejamento sucessório impede que herdeiros contestem a herança

É muito importante compreender que, embora esse planejamento facilite a distribuição de bens conforme a vontade do titular, ele não é uma garantia contra possíveis contestações judiciais.

Portanto, será preciso toda a atenção envolvendo detalhes da operação, especialmente se algum herdeiro for incapaz ou se forem verificadas situações de vícios de consentimento, como por exemplo:

  • Erro;
  • Dolo;
  • Coação;
  • Estado de perigo.

O testamento é suficiente para garantir a execução do planejamento sucessório

Outro dos mitos existentes no planejamento da sucessão está em achar que o testamento é suficiente para garantir a sua execução.

Ele pode ser contestado e anulado pelos familiares, ocasião em que se torna necessário observar que a legislação brasileira destina obrigatoriamente parte do patrimônio aos herdeiros necessários (filhos, pais e cônjuge).

O testamento não é a única ferramenta disponível para a sucessão. É importante que uma avaliação seja feita, visando estudar outras possibilidades e estruturas jurídicas, especialmente em função das questões tributárias.

É possível realizar um planejamento sucessório sem a ajuda de especialistas

Por fim, não há como realizar um planejamento sucessório de qualidade sem a ajuda de especialistas no assunto.

É um equívoco acreditar que esse processo possa ser feito de forma simples e rápida, uma vez que envolve leis, avaliações sobre as melhores possibilidades existentes e conhecimento de causa para que sejam evitadas decisões equivocadas.

Para isso, é fundamental contar com a consultoria de advogados que tenham conhecimento jurídico e tributário para que se possa alcançar os resultados desejados.

Agora que você conhece mais sobre os mitos e as verdades a esse respeito, leia nosso post que apresenta o seguinte tema: doação em vida é a melhor opção para transmissão do patrimônio empresarial?

Bruna Galiotto

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